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As alternativas para contornar a subida das taxas Euribor no crédito da casa

O agravamento continuado das taxas Euribor nos últimos meses levou a que as famílias - que optaram por taxa de juro variável - vissem as suas prestações do crédito habitação aumentar. Esta semana, as taxas Euribor subiram, a três, a seis e a 12 meses, face a sexta-feira, no prazo intermédio para um novo máximo desde janeiro de 2009.

A média da Euribor a seis meses subiu de 1,596% em setembro para 1,997% em outubro. Por exemplo, recorrendo a este simulador, um crédito habitação de 150 mil euros, com um spread de 1% e um prazo de 30 anos (360 prestações), paga atualmente uma prestação mensal de 632,16 euros.

Se, hipoteticamente, a Euribor a seis meses subir para 2,5%, aquando da revisão, a prestação deste contrato passa para os 673,57 euros mensais, traduzindo-se num aumento de 41,41 euros.

Este cenário, a par com a inflação, tem feito as famílias perder poder de compra e enfrentar alguns desafios financeiros. Mas, entre amortizar capital e negociar novas condições do contrato de crédito, existem algumas formas para contornar esta situação e reduzir os seus encargos.

Amortizar capital

Se tiver disponibilidade financeira - por exemplo, recorrendo a rendimentos extra como o subsídio de Natal ou a dinheiro que tenha parado num depósito a prazo atualmente a perder valor -, a amortização antecipada do crédito pode ser vantajosa neste período de subida dos juros, já que se vai traduzir num alívio significativo no orçamento mensal.

Assim, não só vai aliviar o orçamento familiar como reduzir a fatura total de juros que pagará pelo seu crédito habitação.

Pode também optar por reduzir o prazo do contrato, em vez de diminuir a prestação, ficando assim a pagar o mesmo todos os meses, mas durante menos tempo.

Alargar o prazo do contrato

Estender o prazo do contrato, através da renegociação com o seu banco, pode ser a solução para reduzir os encargos de uma forma imediata. Contudo, saiba que este prolongamento traz consigo um aumento da fatura total dos juros.

Há também a hipótese de pedir um período de carência total ou parcial durante o qual tem a opção de não pagar nada ou pagar apenas os juros. Esta é uma alternativa que permite aos clientes terem algum tempo para recuperarem a sua estabilidade financeira.

Mudar para taxa fixa

A taxa de juro fixa mantém-se igual durante todo o prazo dos empréstimos, não sofrendo qualquer impacto com a evolução das taxas Euribor. Esta taxa é definida pelo banco ou instituição de crédito, tendo em conta fatores como o risco de crédito do cliente, o rácio entre o valor do empréstimo e o valor do imóvel - designado por loan-to-value (LTV) -, as garantias do cliente e o risco de fixação da taxa de juro durante o prazo estabelecido.

Em condições normais do mercado, a prestação de um crédito a taxa fixa é mais elevada do que a prestação indexada à Euribor. Porém, tendo em conta o cenário atual, a taxa fixa pode ser apelativa.

Mas, antes de tomar qualquer decisão deve responder a algumas questões: O que é preferível para a sua situação financeira? Pagar mais agora e contar com estabilidade no futuro, ou pagar menos neste momento e arriscar pagar mais depois? A casa é para viver o resto da vida ou pretende mudar nos próximos anos? É que, por exemplo, se quiser terminar o contrato de crédito antes do prazo terá de pagar uma comissão por reembolso antecipado. E esta comissão é mais elevada para os créditos a taxa fixa.

O regime de taxa de juro mista pode também ser uma opção a considerar renegociar com o seu banco, pois permite ter uma taxa fixa durante um período inicial - 5, 10 ou 15 anos, a definir com o banco - e, posteriormente, uma taxa variável.

Transferir o crédito

Se não conseguir condições mais vantajosas junto do seu banco, pode ir procurar o que a concorrência tem para lhe oferecer. Analise o mercado e peça propostas a outros bancos. Se lhe oferecerem melhores condições noutra instituição pode transferir o seu crédito habitação.

Transferir o seu crédito pode trazer-lhe algumas vantagens:

· Possibilidade de reduzir o spread do seu crédito habitação;

· A redução do valor dos seguros obrigatórios transferindo as apólices para outra entidade;

· Remoção de produtos associados ao contrato;

· Alteração com maior facilidade da maturidade do contrato;

· Nova avaliação do imóvel revela uma valorização do preço da sua casa.

Fonte: Dinheiro Vivo



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