A maturidade média dos empréstimos nos créditos à habitação vai diminuir. O que significa que vai ter menos tempo para pagar o empréstimo que pedir. O valor de recomendação, dado pelo Banco de Portugal vai baixar para os 30 anos no final de 2022.
Tendo como base o relatório do Banco de Portugal, ocorreu uma "diminuição de 33,5 anos para 32,6 anos, entre julho de 2018 e dezembro de 2019." Mas no final do ano passado, voltou a aumentar para 33,2 anos. Todos estes valores são superiores aos previstos para o final do próximo ano.
O contrato de crédito à habitação é, normalmente, o maior compromisso que as famílias assumem. Em Portugal, seis em cada dez contratos de crédito à habitação termina após a idade da reforma, segundo a DECO PRO TESTE. O objetivo desta recomendação é evitar que as pessoas cheguem à idade da reforma ainda a pagar este crédito, já que nessa altura os rendimentos baixam bastante e fica mais difícil conseguir assegurar as prestações. Atualmente no nosso país, 35% dos consumidores de crédito à habitação, estão ainda a pagar as prestações depois dos 70 anos e 62% depois dos 65.
Nunca deve pedir um crédito à habitação no valor máximo possível, neste caso, os futuros 30 anos de recomendação. Isto porque se ocorrer algum imprevisto e necessitar de baixar as prestações, tem sempre a possibilidade de aumentar o tempo de pagamento, mas se já estiver no máximo estabelecido, não o pode fazer. Deve realizar uma avaliação para saber o prazo de crédito mais longo que consegue pagar segundo os seus rendimentos, mas tente não chegar ao valor máximo permitido, acautelando qualquer situação inesperada.
A média da União Europeia no que diz respeito à maturidade média de empréstimos à habitação, ronda os 20 a 25 anos. Portugal, ainda está longe desses números, mas esta recomendação do Banco de Portugal, procura ir ao encontro dos restantes países da UE, passo a passo.
Fonte: Expresso